Ludmilla Ramalho
Statement
Atravessar, tensionar, deslocar, afetar. Verbos que acionam uma urgência e um desejo de transformação, tanto no que parte de mim ao outro, quanto seu contrário. Sou instigada por esse trânsito e a partir dele estabeleço aproximações, diálogos e afetos que estarão presentes em forma de teatro, de dança, de performance, fotografia, vídeo, etc... E com elas percorrer a cultura e sua contraparte, o feminino e o masculino, o hábito e o espanto. Não porque me interessa a dualidade, mas sua permanente oscilação de uma coisa e/a outra, este espaço 'entre', a fim de que a arte seja não um resultado, um produto, mas um modo de ser e estar no mundo.
SOBRE
Graduada em Teatro pela UFMG (2009) e pós-graduada em Arte da Performance pela Faculdade Angel Vianna (2013), Ludmilla Ramalho tem a performatividade como meio principal de expressão artística, trabalhando sempre no tensionamento entre as linguagens do teatro, da performance e das artes visuais. São objetos de estudo atuais em sua pesquisa a investigação de estados de consciência, identidade, violência de gênero, e estratégias de (como) ser/estar no mundo.
Já participou de diversos festivais de performance e teatro no Brasil e no exterior, tais como FIT-BH, FITA e A SALTO (Portugal), Ciclo de Mujeres de Brasil (Argentina), Santiago Off (Chile), Festival de Inverno de São João Del Rey, Festival de Tiradentes, Perfura Ateliê de Performance (BH-SESC). Vive e trabalha entre BH e SP.
Atualmente, a artista se alterna entre criações autorais, direções artísticas, atividade docente e coordenação de projetos de sua autoria na área cultural. Nos últimos anos tem se concentrado na realização de performances de sua autoria (Performance Fuck Her) e na circulação do seu solo “Orlando – Um prólogo”, que estreou em uma residência em Portugal, no FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo.
Como diretora artística dirigiu o solo “Talvez eu me despeça” (2013) e “Maçarico” (2018).
Atualmente, Ramalho é co-idealizadora, curadora e coordenadora do 1º Fórum de Fotoperformance, que aconteceu em Belo Horizonte em outubro de 2019 e da sua segunda edição prevista para acontecer entre julho e agosto de 2022. Além disso, no campo das Artes Cênicas é idealizadora do Projeto Solo em Foco, um projeto de formação e orientação artística para artistas solo..
Em 2016, idealizou junto ao CLT - Corredor Latino Americano de Teatro - o projeto “Ciclo de Mujeres de Brasil”, que aconteceu em Buenos Aires. Também Integrou a equipe de coordenação artística e curadoria da Virada Cultural de BH em 2015 e 2016.
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Formação acadêmica:
2012-2014 – Pós-Graduação em Arte da Performance Ação e Movimento,da Faculdade Angel Vianna (RJ)
2009 – Graduada em Teatro na UFMG – Licenciatura
2007 – Pesquisadora de Iniciação Científica - EBA/UFMG – “A recepção do público do espetáculo “Esta Noite Mãe Coragem”.Coordenador: Prof. Dr. Antônio Hildebrando
2006 – Pesquisadora do Projeto de Extensão da EBA/UFMG - “Arte e movimento – A importância do Teatro nas Escolas Municipais de BH” – Coordenação: Prof. Dra. Rita Gusmão
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
- 2019- Kaaysá Art Residency – Boiçucanga- SP – Brasil – Pesquisa e Fotoperformance
- 2018 – Portugal (Lisboa/Beja) – Residência no FITA – Festival Internacional de Teatro do Alentejo – Estreia do Solo “Orlando – Um prólogo” – circulação nas cidadesde Lisboa, Santo André, Beja e Castro Verde;
- 2017 – PERFURA ATELIÊ DE PERFORMANCE, exposição coletiva, Galeria de Arte GTO Sesc Palladium/BH; Estreia da performance “Fuck Her”
- 2013 - I COLÓQUIO DE PERFORMANCE e Mostra MUDA II, Memorial MG Vale, artista e curadora - BH – apresentações das Performances “In Memoriam” e “Eu me Rendo”;
- 2015 – Trans Residência experimentos Queer – BH Galpão Cine Horto, apresentação da performance “Mel” ;
- 2015 – Residência em Performance – Mostra MUDA – Tiradentes/MG – Performers convidados: Paola Rettore, Marcelo Kraiser, Ana Luisa Santos, Fernanda Polse, Sandra Bonomini (Peru) - Estréia de duas performances: “Eu me Rendo” e “Quando Tudo se Desfaz”;
- 2007 – Residência artística com Fernando Montes - Colômbia – Estudos em teatro Físico; Estreia do espetáculo Moby Dick com o grupo Pontifex.;
FESTIVAIS NACIONAIS E INTERNACIONAIS:
2019 - Festival de Cenas Curtas Galpão Cine Horto - Performance convidada - "Quanto pesa"- com Lucas Dupin
2019 - Festival - Ö Levante"- BH - abertura do evento - Performance Fuck Her;
2018 - Festival Internacional de Belo Horizonte -FIT-BH - Performance Fuck Her;
2018 - A Salto - Festival de Performance (Portugal - Elvas) – Performance Fuck Her
2018 – FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo - Estreia do solo “Orlando - Um prólogo” - Portugal - circulação Lisboa/Beja/Santo André e Castro Verde;
2017 - M.AR.T.E. Festival - Mariana/MG - Performance “Oscilações”;
2018 - Performação - Projetos Artes Híbridas - Juiz de Fora - “Orlando - Um prólogo”;
2016 – FITA – Festival Internacional de Teatro do Alentejo - Portugal –circulação solo “Talvez eu me Despeça” em Beja, Évora, Grândola e Santo André;
2016 – Ciclo de Mujeres de Brasil - Buenos Aires - Argentina - Performance “Eu me Rendo” e solo “Talvez eu me Despeça”;
2015 – Festival Novos Coletivos – Teatro Marília BH/MG - “Talvez eu me Despeça”;
2015 - Festival BH in Solos – BH-MG - “Talvez eu me Despeça”;
2014 - 6º Festival Internacional de Teatro de Dourados (Mato Grosso do Sul);
2014 - 6° Festival Nacional de Teatro de Itaúna-MG -”180 dias de Inverno”;
2014 - 27° Inverno Cultural Universidade Federal de São João Del Rey-MG - “180 dias de Inverno”;
2014 - 40° Festival de Inverno de Itabira-MG - “180 dias de Inverno”;
2014 - Mostra Primavera de Teatro de Nova Lima –MG - “180 dias de Inverno”;
2014 - 16° Festival Caixas em Cena – RS - “180 dias de Inverno”.
PRÊMIOS
- 2009 – Prêmio Myriam Muniz
Espetáculo “180 dias de Inverno” – Cia Afeta;
- 2010 – Prêmio Sinparc-MG
Espetáculo “180 Dias de Inverno”, indicado em 10 categorias. Ludmilla Ramalho indicada melhor atriz de 2011 – Cia Afeta;
- 2011 – Prêmio Sinparc MG
Indicação melhor atriz para Ludmilla Ramalho pela atuação no espetáculo “Isso que Chamamos, Talvez por Engano, de Amor”, direção Fábio Furtado;
- 2014 – Prêmio CENA MINAS
Espetáculo “180 dias de Inverno” – Cia Afeta;
- 2015 – Prêmio melhor Trilha Sonora Sinparc MG
Espetáculo “Talvez eu me Despeça” direção artística Ludmilla Ramalho;
- 2017 – Prêmio Circula Minas
Residência Artística Beja – Portugal;
- 2018 – Prêmio Cena Plural
Circulação “Orlando – Um prólogo” em BH;