2018
Duração: 40 minutos
Concepção: Ludmilla Ramalho, Leonardo Pavanello e Trio Kallpp: Marcelo Kraiser, Rafael Carneiro, Frederico Melo

Apresentada no Atelier Perfura de Performance, no SESC Paladium em Janeiro de 2017 e no Festival M.A.R.T.E Festival de arte, música e tecnologia em Mariana, no Teatro SESI, em julho de 2017; Espaço A C.A.S.A Nova Lima, Evento de Artes Híbridas

Descrição
ARTE SONORA E IMPROVISAÇÃO
O corpo, que se move sobre uma plataforma instável, oscila ao menor movimento e à mais tênue respiração, gerando sons amplificados em feedback positivo ou negativo. A luz cria um centro de condensação entre som e cor, um pequeno território que deixa proliferar as forças do acaso.

Sobre o trabalho
O trabalho elabora uma série de formas, cores e sons que tratam do equilíbrio transitório e precário entre ordem e caos, queda e postura ereta, ascensão e declínio. A performer, sobre o movediço tablado de madeira sustentado por molas, tenta se equilibrar e manter, sobre ele, estável sua postura. O constante movimento das molas gera, além do desequilíbrio, inúmeros ruídos que são captados, manipulados e amplificados por outro performer, enquanto um terceiro manipula as luzes.

Desta forma, a busca infinita pela estabilidade produz uma pletora imagética e sonora, sendo o atrito entre a tentativa de ordenar os movimentos do corpo sobre o tablado e o caráter indomesticável da desordem das molas irrequietas o sopro de vida que engendra a própria obra, a saber: sons, ruídos, ritmos e músicas precárias e possíveis, além de um excesso de cores e gestos executados pela performer com seus movimentos (des) coordenados, que resultam em uma dança primitiva, inacabada e insipiente.